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Paulo Afonso, Bahia, Brazil
Eu sou um cara do bem. Tenho 32 anos, casado, hilário, pai de uma filha linda (Isabella) e trabalho como professor. Ademais, estou cursando o 6º período de Direito na UNEB - Campus VIII - Paulo Afonso, onde resido e trabalho. Atualmente, leciono no Colégio Estadual Carlina Barbosa de Deus.

domingo, 13 de março de 2011

Chama o Boni!

Foi a partir dele que surgiu o famoso “padrão de qualidade” da Globo. Com vocês, José Bonifácio Sobrinho.
Publicado em 08 de outubro de 2010

Fernanda Paola

Se Adorno acreditava que a televisão é congenitamente má, para José Bonifácio Sobrinho, o Boni, a TV é apenas um meio, e nada impede que boa arte seja veiculada por meio dela. “Adorno, apesar de gênio, era um autoritário”, disse Boni em entrevista à CULT.
Depois de mais de 50 anos de televisão (são comemorados 60 da TV brasileira neste ano), Boni é considerado um dos grandes especialistas do meio. Foram mais de 30 anos na Rede Globo, onde ajudou a consolidar o famoso “padrão de qualidade”, que ele acredita que deveria ser renovado junto com toda a programação da emissora. Foi Boni também quem formatou a hoje óbvia grade televisiva. Eterno apaixonado pela televisão, Boni, hoje perto dos 75 anos, é um dos conselheiros da TV Vanguarda, registrada em nome de seus quatro filhos, e está “vidrado nas possibilidades da internet e no aproveitamento da rede das telefônicas”. Como disse, entre outras coisas, à CULT, sente que não estará “realizado nunca, nem morto”. Leia a seguir.

CULT – Para Adorno, a televisão é congenitamente má, não importando o que ela efetivamente veicule. A televisão é uma arte negligenciada?
Boni
– Adorno, apesar de gênio, era um autoritário. Chegou a chamar a polícia para reprimir uma revolta de estudantes apoiada por Marcuse. Se visse a internet hoje, morreria de enfarte. A televisão é apenas um meio. Não é arte, mas nada impede que a arte seja veiculada nela. Quanto melhor o conteúdo, melhor a televisão.

Quando se fala em elevar o padrão de qualidade de determinada emissora, há o discurso de que a TV exibe o que o público quer ver. Não seria esse um discurso confortável, ou seja, o de apenas saciar uma demanda, alavancar índices de audiência e atrair mais publicidade?
Nunca aceitei esse discurso. A televisão deve andar sempre à frente do gosto médio. Quando atende à demanda popular, cai em uma armadilha da qual é difícil sair. Passa algum tempo e o próprio público rejeita aquilo que parecia desejar.

Como você vê a política governamental de concessão das emissoras de televisão?
Desastre. No começo, só protecionismo e interesse político. Por isso, a televisão brasileira pertence a famílias. No passado, quem tinha jornal ganhou rádios do governo. Depois, como pensavam que TV era rádio com imagem, deram aos já estabelecidos as emissoras de televisão. No governo Fernando Henrique, houve uma tentativa equivocada de moralizar as concessões, fazendo leilão delas depois da aprovação legal das empresas. Burrice. Entra dinheiro para os cofres públicos, mas não se leva em conta a competência do serviço a ser prestado pelo concessionário. Com a grana falando mais alto, os evangélicos ficarão com todas as futuras concessões.

Você começou a trabalhar em TV em 1953, com 18 anos. Entrou na Rede Globo em 1967 e, a partir daí, definiu o que se tornaria o “padrão Globo de qualidade”. Hoje, mais de 40 anos depois, alguns críticos acreditam que a programação da Globo não se renova e por isso perde audiên-cia. Concorda com a afirmação? O que faria para reverter o quadro?
Concordo. Eu me contrataria como consultor de verdade para promover novamente uma renovação. O problema seria eu aceitar.

O que acha dos atuais programas de humor?
Excesso de comédias de situação na Globo e improvisações grotescas na concorrência.

A televisão é um empreendimento mercadológico, um sistema de controle político-social, um sustentáculo do regime econômico… e o que mais?
Deveria ser um veículo de comunicação, além de ser apenas um veículo de publicidade. Nem todas as emissoras entendem isso. Sistema de controle político-social não é porque não tem esse poder. Se o regime econômico estiver mal, a televisão também estará mal, pois é caudatária dele e não seu sustentáculo.

Se considera uma pessoa realizada profissionalmente?
O que quer do futuro?Não estarei realizado nunca, nem morto. Tenho paixão pela televisão e gostaria de fazer coisas novas, especialmente no campo do jornalismo. Estou no momento vidrado nas possibilidades da internet e no aproveitamento da rede das telefônicas.

Um comentário:

  1. - Mtoo legal, gostei da postagem pow (:


    /pranumdizerquenãocomentei!


    @mirinhasantos!

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